Estalou o verniz entre a Virtus.pro e a ESL. A organização russa reagiu esta sexta-feira, em comunicado, à decisão da entidade alemã em desqualificar a equipa da ESL Pro League Season 15. A medida da ESL afeta todas as organizações com ligações ao governo russo, pelo que a Gambit também está impedida de jogar a prova.
Num comunicado publicado nas redes sociais, a Virtus.pro informa que tomou conhecimento da decisão na quarta-feira. Segundo o conjunto russo, tal aconteceu pouco tempo após a ESL solicitar a partilha das informações legais e financeiras, tais como o país de registo, gerência e detalhes dos parceiros, bem como se os associados à organização estão a ser afetados pelas sanções da União Europeia (UE) ou não.
A organização russa começa depois as acusações, afirmando que "o inquérito foi uma mera formalidade, a resposta não era para ter qualquer efeito". E a Virtus.pro vai mais longe: "A ESL anunciou publicamente que a razão para a nossa desqualificação era a alegada ligação ao governo e a companhias que estão a ser sancionadas. No entanto, na conversa privada as coisas foram bastante diferentes. Apesar de não termos uma ligação ao governo, temos a aparência de ter".
Addressing ESL Pro League statement on https://t.co/RghpmPyTHr. pic.twitter.com/sfNliB4rGU
— Virtus.pro (@virtuspro) March 4, 2022
As acusações continuam no que resta do comunicado, com a Virtus.pro a afirmar que "não existem razões racionais para a desqualificação, para além de preconceito e pressões exteriores". A organização russa fala ainda num "exemplo claro da cultura de cancelamento".
A ESL terá oferecido aos jogadores da Virtus.pro a hipótese de jogar a ESL Pro League Season 15 sob uma bandeira neutra, com outro nome e sem qualquer vestuário que represente a organização. A Virtus.pro deixou ainda claro que, apesar de não concordar com este comportamento, vai apoiar os seus jogadores se estes decidirem competir.