O brasileiro Felippe "felippe1" Martins, fundador e CEO da Imperial, abriu o jogo sobre a contratação do Last Dance. Numa peça elaborada pelo ge, o dirigente da organização brasileira abriu as portas de casa para explicar como é que conseguiu chegar a acordo com um dos projetos mais cobiçados do mercado.
Para começar, felippe1 – ex-jogador e treinador de Counter-Strike e CrossFire – explicou que "todas as vertentes do projeto faziam sentido" e deixou escapar que "outras organizações não viram" o potencial competitivo do lineup. Pronta para celebrar o quarto ano de existência neste mês de março, a Imperial já planeava dar um passo em frente, de acordo com o CEO, e a oportunidade de acolher o projeto de Gabriel "FalleN" Toledo a isso ajudou.
"Em dezembro, soube que o projeto ia ser criado. Estávamos com a intenção de dar um passo maior na Imperial, já estávamos a reestruturar o clube desde o início do ano, mas nunca pensei que pudéssemos lutar pelo Last Dance. Não achava que, com tantas organizações pelo mundo, fôssemos a escolhida", confessou. Durante meses, foram vários os nomes apontados como a nova casa do Last Dance, quer no Brasil, quer no estrangeiro. No final, ganhou a Imperial.
"O FalleN procurou-me em dezembro para saber um pouco mais da nossa situação, do nosso projeto, onde podíamos chegar e como podíamos chegar lá juntos. Na primeira conversa, expliquei tudo o que estava a acontecer, o momento que vivíamos e os recursos que tínhamos disponíveis e ele mostrou interesse", continuou felippe1. "Ainda estavam a negociar com vários clubes e as conversas pararam na altura das datas festivas. Achei que não íamos fechar a operação", disse.
Mas a verdade é que o negócio chegou a bom porto. O dirigente máximo da Imperial não esconde: "Movi tudo o que podia para ter esta equipa, porque é uma equipa na qual confio muito". Para isso, teve um apoio crucial da Sportsbet.io, um site de apostas desportivas e casino online que opera a partir da Estónia. A trabalhar com a Imperial desde junho de 2021, a casa de apostas – é name sponsor da organização – ajudou com a parte mais difícil, a financeira.
"Eles [Sportsbet.io] foram a nossa principal arma para fazer tudo acontecer, porque confiaram no projeto. Ajudam com tudo. Ajudaram com as cláusulas de rescisão e com a verba de patrocinador principal, que nos dá condições de ter este projeto", atirou felippe1. O dirigente desmentiu ainda os rumores de que o Last Dance custa 40 milhões de reais – cerca de 7,2 milhões de euros – por ano: "Está totalmente longe disso. É um projeto caro, com muitas responsabilidades, mas que não chega nem perto desse valor".
Nesta altura, a Imperial já compete com o novo lineup, mas ainda há arestas para limar. A contratação do Last Dance implicou também a contratação de pessoas em quase todas as áreas para o staff técnico da organização e, de acordo com felippe1, a Imperial ainda deverá contratar mais pessoas para esse departamento.
Sempre a pensar no futuro da organização, que garante que vai continuar a ter vida depois do Last Dance, o CEO está confiante de que o investimento avultado será recuperado: "Se não confiasse nisso, não tinha entrado no projeto. Claro que envolve riscos. Neste começo, já deu para ver que fizemos a escolha certa. Está tudo a dar certo para cumprirmos esse objetivo", afirmou.
Em poucos jogos realizados até ao momento, a Imperial já conseguiu o apuramento para o torneio RMR americano. A equipa brasileira vai discutir, na Roménia, um eventual acesso ao PGL Major de Antuérpia.