O general manager da Virtus.pro, Sergei Glamazda, concedeu uma entrevista aos canais oficiais da organização onde abordou os últimos tempos. Glamazda deu a sua opinião sobre as restrições aplicadas à equipa para o RMR e para o Major, tendo também assegurado que vão existir autocolantes da Outsiders. O GM abordou ainda a situação específica de Mareks "YEKINDAR" Gaļinskis.
Glamazda começou por afirmar que "antes do arranque do RMR, tínhamos a certeza que íamos jogar como Virtus.pro" e disse que esse pensamento foi "baseado na informação direta dos organizadores do torneio, que disseram que não ia haver restrição". No entanto, tudo mudou num ápice: "Dois, três dias antes do anúncio, chega a informação de que não podemos jogar com a nossa tag e nem eu, como general manager, nem o manager da equipa podemos acompanhar os jogadores porque estamos ligados à Virtus.pro".
Sergei Glamazda fez questão de esclarecer que "não houve uma explicação adequada para esta decisão". "Percebemos que a equipa ia competir em condições desiguais. Uma equipa precisa de apoio da gerência quando está num torneio. Removendo este apoio, estás a colocar as outras equipas numa posição mais favorável", acrescentou.
A grande questão seria o porquê da mudança de ideias da PGL. Glamazda, que disse saber que "os nossos colegas ucranianos pressionam toda a gente para cancelar as equipas russas", disse também não querer "entrar em teorias da conspiração", mas deixou a sua visão: "É matemática simples: percebes qual é o organizador que vai receber o evento e qual é o patrocinador principal desse organizador [a PGL é patrocinada pela GG.Bet, tal como a NAVI], bem como quanta liberdade lhe é dada pela Valve. Este organizador tem a permissão para forçar qualquer equipa a não competir com a sua tag baseando-se na sua lógica interna e a companhia tem permissão para não partilhar as razões com ninguém".
Ainda em relação ao mesmo assunto, o general manager da Virtus.pro afirmou não existir qualquer ligação da organização com Alisher Usmanov, um oligarca que já não será o dono da VP. "Estou muito surpreendido por alguém ainda dizer que o Alisher Usmanov é o dono da Virtus.pro, mesmo ele já não tendo nada a ver com a organização, mas é o que é", disse.
O objetivo da organização, traçado em janeiro, era "qualificar-nos para o Major com o estatuto de Legend", disse Glamazda. "Não conseguimos o estatuto, mas conseguimos apurar-nos para o Major", acrescentou. O apuramento traz consigo também algo inédito: autocolantes da Outsiders. "Vamos ter os autocolantes e vão ser da Outsiders, não da Virtus.pro. De alguma forma, é uma história única porque não vão encontrar esses autocolantes em mais nenhum lugar. Estou seguro de que vamos regressar à tag da Virtus.pro. Não é certo sobre como vão ser os autocolantes, estamos à espera da decisão final da Valve", atirou.
Por último, a situação de YEKINDAR: "Obviamente, ele está na pior posição. Ele é da Europa, da Letónia, e as pessoas lá têm opiniões completamente diferentes das pessoas russas. Ele está sob a pior pressão de entre todos os jogadores. Mas está a competir, a demonstrar o seu talento e estou-lhe muito agradecido por isso. Não desiste, apesar da pressão. Vamos ver quão bem vamos jogar no Major e nos meses depois disso. Há a possibilidade de mudanças no lineup, mas isso é normal nos esports. Desta vez, essas decisões podem ser influenciadas pelas emoções também", concluiu.