O caso dos bugs do treinador voltou a estar recentemente na ribalta, depois de um artigo da autoria de Richard Lewis e Luís Mira ter sido publicado pela Dexerto e no qual se refere que a ESIC se está a preparar para uma nova vaga de penalizações a treinadores. Um dos treinadores banidos na primeira vaga, Allan "Rejin" Petersen, concedeu uma entrevista à Jaxon, na qual refere que há treinadores que escaparam por entre os pingos da chuva.

"Penso que foi justo eu ter sido banido. Honestamente, acho que me safei. As pessoas podem dizer que dois anos é muito tempo, mas eu tive sorte em não ser mais tempo", começou por reconhecer o antigo treinador da MOUZ, que está afastado há um ano e meio e está a dois meses de completar a sua penalização e poder regressar. Rejin abordou, de seguida, a tal notícia de Richard Lewis e Luís Mira, que afirmam que a próxima vaga de bans está a caminho.

"Há muito mais treinadores que, por alguma razão, não estão a ser banidos. Não sei o porquê, é algo que têm de perguntar à ESIC. Honestamente, não sei. Para mim, parece-me que os 37 treinadores banidos foram aqueles que se chegaram à frente e admitiram", afirmou Rejin. Depois dessa lista de 37 técnicos ter sido revelada e os mesmos banidos, já houve um 38.º nome a surgir: Soham "valens" Chowdhury, antigo técnico da Cloud 9, que não foi – pelo menos até ao momento – banido.

"Se olharmos ao caso do valens, e eu não quero julgar ninguém, mas parece estranho que ele tenha tido vários casos e não tenha sido apanhado. Mas podemos apenas supor, porque a ESIC não disse nada", continuou Rejin. A cerca de dois meses de cumprir a totalidade da penalização, o técnico enfrenta ainda outra questão: o ban permanente da Valve.

"Temos que encarar o elefante na sala: ainda estou banido permanentemente pela Valve neste momento. Espero que, de alguma forma, possamos resolver essa questão com a Valve e a ESIC. Mas, neste momento, não parece que vá acontecer", afirmou o técnico. Se o ban por parte da ESIC foi aceite e encarado como justo pelo treinador, que usou o bug durante o seu período na Tricked, o mesmo não acontece com o ban da Valve.

"Claro que eu sou suspeito, porque sou a pessoa que está a ser banida, mas acho que banir alguém de forma permanente por causa de um bug é ridículo. Acho que banir alguém como o Ruggah [treinador da OG], que usou durante uma ronda, ou o RobbaN [treinador da FaZe], que não estava no seu computador, por vários Majors é absurdo", opinou o técnico.

A terminar, Rejin disse ainda não existir nenhum problema com a MOUZ e mostrou compressão pela decisão da organização em despedi-lo. Durante este período, o técnico desempenhou funções de manager na MAD Lions e de analista na Entropiq Prague, mas está ansioso por regressar: "Desde que fui banido e tive de engolir esse comprimido, fiquei motivado para voltar. Quero voltar onde estava com a MOUZ em algum momento. Não tenho pressa. Sei que talvez tenha de dar alguns passos atrás antes de regressar ao topo. Não quero soar rude, mas sou um dos melhores treinadores do mundo. Quem disser o contrário, não faz ideia do que está a falar", concluiu.