Foi publicada esta quinta-feira uma carta aberta dirigida à Valve e assinada por 15 clubes. 14 desses participaram na EPIC League, o primeiro torneio RMR de 2021 na zona CIS, aos quais se juntou também a Team Unique. A única equipa que não assinou esta carta foi a visada Akuma, conforme se pode ler em HLTV.org.
O torneio terminou no passado dia 1, com os Gambit a saírem vencedores e a levarem para casa 1600 pontos RMR. Mas os efeitos trazidos por essa competição não cessaram nesse dia – durante e após a EPIC League, diferentes nomes e equipas recorreram às redes sociais para mostrar o seu desagrado com a alegada má organização.
Embora as queixas apontem para pormenores como a falta de delay nas GOTVs, de anti-cheat ou até de gravações, o assunto acaba por circundar apenas a equipa ucraniana Akuma, que subiu até o 19º lugar do ranking mundial após ficar em terceiro lugar neste torneio RMR, com vitórias por 2-0 sobre equipas como NAVI e Virtus.pro pelo caminho.
Tendo em conta as suspeitas dos participantes e até mesmo outros pormenores, como é caso de declarações públicas como as de B1ad3, foi agora lançada a referida carta aberta. “Baseados na informação que temos, suspeitamos que os Akuma receberam informações em direto de dispositivos externos para obterem vantagem injusta de ver as posições dos adversários no mapa”, pode ler-se por lá.
“Na sua declaração, [a organização do torneio] afirmou que não encontrou provas de que os Akuma violaram a integridade do torneio, mas duvidamos que essa investigação tenha seguido os protocolos apropriados”, continuam. As equipas que assinam a carta justificam isso nos já referidos pormenores sobre o TeamSpeak, GOTVs e anticheat.
Com isto, “e independentemente do resultado da investigação” que as equipas querem ver conduzida “pela ESIC ou por outra entidade competente”, os participantes “acreditam que os seguintes requisitos devem ser considerados” em próximos torneios: a data tem de ser provida com 20-30 segundos de delay, as comunicações de TeamSpeak devem ser gravadas, a GOTV deve ter 120 segundos de delay, duas câmaras a gravar o jogador (uma de frente, outra no setup), um anti-cheat e ainda outras por determinar.
Podes passar pela HTLV para ler na íntegra a carta aberta, que é rematada com a referência de que é necessário que toda a “data deve ser protegida daqueles que estão dispostos a abusar do sistema e a ganhar vantagem competitiva desleal”.