No passado sábado (18), a SAW fez história ao tornar-se a primeira equipa portuguesa a qualificar-se para um Major. Em entrevista à HLTV, Ricardo “roman” Oliveira expressou o que estava a sentir.
“Ainda não consigo acreditar. Estávamos 0-2 depois do jogo frente a 9 Pandas, onde fomos derrotados por 13-1. Senti que não íamos conseguir. Achei que não éramos bons o suficiente e perdi muita confiança. Mas tivemos uma conversa em equipa e sabíamos que não podíamos ter medo. Tivemos de acreditar em nós mesmo e mostrar o que fazemos nos treinos, onde podemos vencer qualquer um. Então, dissemos ‘Que se lixe, vamos qualificar-nos‘”, começou por dizer.
O rifler português explicou que um dos problemas da equipa é não conseguir voltar ao jogo se arrancar mal – precisamente o que aconteceu frente a 9 Pandas. O português destacou ainda que os warriors sentem-se mais à vontade em BO3 do que em BO1.
Após um arranque desastroso no RMR, a equipa teve de dar a volta por cima, precisamente num duelo frente a NIP, que se esperaria complicada. A SAW acabou por vencer tranquilamente e Ricardo “roman” Oliveira visou: “O jogo mais importante foi contra NIP, devolveu-nos a confiança”
Dois anos atrás, no mesmo local
O veterano relembrou ainda o que havia acontecido há dois anos, também na Roménia: “Era eu, MUTiRiS, JUST, stadodo e arki e, agora, quatro de nós qualificamo-nos para este Major. Estou muito feliz por eles e um pouco triste porque sei que o arki é bom o suficiente para jogar aqui connosco. Estou muito orgulhoso por colocar Portugal novamente num Major. É muito importante para mim.”
No último mapa, contra fnatic, a equipa foi par ao intervalo a vencer por 12-0 e, apesar de não ter conseguido fechar no início do T Side, ninguém tremeu: “Estávamos a vencer por 12-0 e pensei que poderia acontecer novamente. Perdemos o pistol, o eco, e depois a primeira ronda de armado, e eu pensei: ‘Está a acontecer novamente?‘ Mas todos estavam calmos e confiantes e isso ajudou muito.”
Os miúdos e a importância na equipa
Michel “ewjerkz” Pinto esteve absolutamente am altas no RMR e o companheiro elogiou a sua frieza: “É um jogador especial, uma máquina de matar. O que me impressiona mais nele é que não tem sentimentos. Não é afetado por perder ou ganhar, ou mesmo se tiver 30 ou 0 kills. Ele pode estar 0-15 e fazer 30 frags na metade seguinte, como se não sentisse nada. Tem gelo nas veias e é um prazer jogar ao lado dele.”
“Tenho também de falar do arrozdoce e do story, que também são incríveis. O story é muito inteligente e maduro para a idade dele. Apesar de não gostar de comparar jogadores, tenho de dizer que o story é a peça mais importante da equipa”, finalizou.
Qualificada para o PGL Major Copenhagen 2024, a SAW está de regresso a Portugal para começar a preparar a sua participação na ESL Challenger League S47 e, posteriormente, na BLAST Spring Showdown.